quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Quando escrever é mais que um desejo

Tenho sentido preguiça quando penso em escrever. Talvez não seja preguiça; seja outra coisa que nem eu sei definir. Entretanto, toda vez que penso em começar um novo texto já imagino tantas coisas que podem ser ditas, outras que devem ser silenciadas, o cuidado com as palavras, meu julgamento e dos outros. Faço tantos "parafusos" que acabo relutando em iniciar o primeiro parágrafo. 

Tenho paixão pelas palavras. Gosto de brincar com a composição das frases. Tornar cada parágrafo a expressão completa de um sentimento ou da defesa de uma ideia. Contudo, estou cada vez mais exigente comigo mesmo. Quem sabe essa exigência não se reflita necessariamente em qualidade, mas incomoda e me rouba o ânimo do simples ato de começar. 

Recordo que, cinco anos atrás, quando comecei meu primeiro blog, pouco me importava com o tamanho do post. Também não tinha a ansiedade de desenvolver um raciocínio em toda a sua complexidade. Hoje, porém, sinto-me impelido a dar conta do que me propus a fazer. Não basta ser um ou dois parágrafos. Tenho que concluir. As ideias não podem ficar soltas. 

Dia desses falava sobre isto com uma pessoa. Não recordo bem com quem dialogava. Acho que era com minha orientanda e amiga, Bianca Oliveira. Lembrava de uma entrevista que assisti anos atrás com João Ubaldo Ribeiro. O escritor contava que, no início da carreira, produzia uma crônica em 20, 30 minutos. Dizia, no entanto, que atualmente precisava de dois ou três dias para concluí-la, pois nunca se sente totalmente satisfeito com o resultado do texto. 

Estou longe - muito longe - de ser um Ubaldo. Nem pretendo me equiparar ao mestre das letras. Ainda assim, esta sensação de incompletude toma conta. Antes de abrir a tela do computador, fico remoendo meus argumentos, organizando-os. Por vezes, desisto diante do cansaço da própria elaboração mental. Quando me atrevo, como agora, mesmo após iniciar um novo ensaio, tenho a impressão que está raso, fraco e que não traduz meu desejo interior, minha alma. 

O que isto significa? Para você, caríssimo amigo e leitor, é provável que nada. Absolutamente nada. Em mim, gera uma certa frustração. Por outro lado, estimula o desejo de me conhecer e desafiar-me a superar as amarras que nós mesmos criamos diante de coisas que podem ser tão simples. 

Quando escrever é mais que um desejo

Tenho sentido preguiça quando penso em escrever. Talvez não seja preguiça; seja outra coisa que nem eu sei definir. Entretanto, toda vez que penso em começar um novo texto já imagino tantas coisas que podem ser ditas, outras que devem ser silenciadas, o cuidado com as palavras, meu julgamento e dos outros. Faço tantos "parafusos" que acabo relutando em iniciar o primeiro parágrafo. 

Tenho paixão pelas palavras. Gosto de brincar com a composição das frases. Tornar cada parágrafo a expressão completa de um sentimento ou da defesa de uma ideia. Contudo, estou cada vez mais exigente comigo mesmo. Quem sabe essa exigência não se reflita necessariamente em qualidade, mas incomoda e me rouba o ânimo do simples ato de começar. 

Recordo que, cinco anos atrás, quando comecei meu primeiro blog, pouco me importava com o tamanho do post. Também não tinha a ansiedade de desenvolver um raciocínio em toda a sua complexidade. Hoje, porém, sinto-me impelido a dar conta do que me propus a fazer. Não basta ser um ou dois parágrafos. Tenho que concluir. As ideias não podem ficar soltas. 

Dia desses falava sobre isto com uma pessoa. Não recordo bem com quem dialogava. Acho que era com minha orientanda e amiga, Bianca Oliveira. Lembrava de uma entrevista que assisti anos atrás com João Ubaldo Ribeiro. O escritor contava que, no início da carreira, produzia uma crônica em 20, 30 minutos. Dizia, no entanto, que atualmente precisava de dois ou três dias para concluí-la, pois nunca se sente totalmente satisfeito com o resultado do texto. 

Estou longe - muito longe - de ser um Ubaldo. Nem pretendo me equiparar ao mestre das letras. Ainda assim, esta sensação de incompletude toma conta. Antes de abrir a tela do computador, fico remoendo meus argumentos, organizando-os. Por vezes, desisto diante do cansaço da própria elaboração mental. Quando me atrevo, como agora, mesmo após iniciar um novo ensaio, tenho a impressão que está raso, fraco e que não traduz meu desejo interior, minha alma. 

O que isto significa? Para você, caríssimo amigo e leitor, é provável que nada. Absolutamente nada. Em mim, gera uma certa frustração. Por outro lado, estimula o desejo de me conhecer e desafiar-me a superar as amarras que nós mesmos criamos diante de coisas que podem ser tão simples. 

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A indecisão faz mal a todos nós

Semanas atrás, me desafiei a voltar a ter um blog que pudesse refletir apenas o que quero publicar. Nos últimos tempos fiquei refém de mim mesmo com essa coisa de publicar notas de esporte, resumos com as manchetes dos jornais, revistas etc. Gente, mas está difícil me despedir da casa antiga, hein? Já estou publicando no Caríssimos. Porém, o Blog do Ronaldo continua ativo e mesmo os textos que vão para a nova página pessoal seguem sendo reproduzidos aqui. Confesso que tenho vontade de me despedir completamente de uma coisa para ficar apenas com a outra. Mas sigo indeciso. Por sinal, como a indecisão faz mal a todos nós, né? Fico satisfeito que meu "drama" se restringe a um blog. Certamente outras pessoas sofrem com coisas maiores e talvez muito mais difíceis de resolver. 

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Quando o simples se torna difícil

Não é preconceito. Nem uma visão estreita do homem. Porém, te convido a pensar comigo: por que é tão difícil lidar com certos profissionais? Talvez eu esteja cansado demais, irritado e até transpareça uma certa intolerância. Entretanto, não consigo entender como algumas pessoas parecem incapazes de fazer o simples, aquilo que foi combinado. 

Estou reformando meu apartamento. Reforma é expressão, modo de dizer. São coisas pequenas. Algumas arrumações nos banheiros, a pintura e acertos na parte elétrica. Como me falta tempo para participar do dia a dia dessas obras, preciso contar com a disposição dos profissionais em fazer a coisa certa. Contudo, há 40 dias vivo a incerteza do resultado final. São tantos desencontros que mais parece que nunca vai acabar. 

Hoje, ao chegar ao local, fui revisar o serviço dos eletricistas. Passei pela sala, tudo pronto. Vou aos quartos, ok. Quando cheguei aos banheiros, fiquei impressionado com a capacidade que possuem em simplesmente ignorar o obvio. Está lá, no armário do espelho, o local para instalação de um ponto de luz - aquele básico que nós homens mais necessitamos, principalmente no momento de fazer a barba. Talvez tenha sido a primeira coisa que mostrei ao responsável no momento da contratação. Contudo, ficou sem fazer. No outro banheiro, situação semelhante. Mas lá o problema é mais complexo. O pedreiro esqueceu de passar um fio ou coisa parecida e, segundo o eletricista, não há o que fazer. O buraco ficou na parede para instalação da luminária, mas ele não me deu uma solução. Ah... e nem colocou um espelho (aquelas tampinhas) para fechar a caixinha por onde chegam os fios. Ou seja, terei que chamá-lo novamente para fazer o que foi "esquecido". 

Outro drama... Drama, porque conseguem tornar problema algo que poderia ser simples demais. Também no banheiro, mas na janela, falta um vidro. Deve ter caído, quebrado, sei lá o quê. Enfim, mas falta o vidro. Minha esposa ligou para a vidraçaria, combinou o serviço. Perfeito. Vidro mais colocação, R$ 30. Dias depois, passei na empresa, paguei e fui embora. Em casa, depois de dois ou três dias, dona Rute questiona: 

- Ficou certinho o vidro do banheiro?
- Deve ter ficado. Pelo menos, pago já está; respondi. 

Naquele dia, depois de sair da faculdade, passei no apartamento e quem diz que achei o vidro? Colocaram um vidro virtual. Só pode. Papo vai, papo vem com a atendente da vidraçaria, descobrimos o que aconteceu. O vidro foi colocado, mas, com o vento, caiu e se espatifou. Do alto do terceiro andar, não notamos. Agora a pergunta: como o pessoal coloca um vidro e um simples vento o arranca da janela? Ah... e não foi nesse temporal. O fato aconteceu nesses dias secos, de tempo firme. Quando analisamos a janela foi fácil concluir o que houve. A janela é antiga, no local onde foi colocado o vidro tem massa, está sujo. Só caiu porque não limparam o local, nem removeram a massa antiga e fixaram com silicone sem ao menos usarem uma fita para prender o vidro até o produto secar. 

São dois exemplos. Apenas dois de uma série de outras situações que vivenciei ao longo dos últimos 40 dias. 

O que me intriga é essa incapacidade de fazer o certo. Essas pessoas acabando fazendo o mesmo serviço duas ou três vezes, emperram a entrega de uma obra, geram uma tensão constante entre eles e o contratante por não verem aquilo que está diante de seus olhos. 

Tenho um amigo, engenheiro, que costuma dizer que certas pessoas nasceram sem cérebro, por isso carregam o "piano". Não concordo com ele. Penso que todos possuem as mesmas habilidades. A diferença é que alguns possuem disposição para irem além do uso da força, das habilidades manuais. Todos podem pensar. Basta querer. E exercitar. 

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Aos caríssimos amigos e leitores

Há muito tempo ando insatisfeito com meu blog principal. Não se trata de um simples problema de "visitantes". A coisa é mais complexa. Ao longo do tempo, me perdi entre comentários, textos mais elaborados e reprodução de notícias - tanto as veiculadas pela CBN quanto de outras empresas jornalísticas, além das manchetes, revistas da semana etc etc. Isto me faz olhar a página quase como um ser estranho, sem identificação comigo e com minha alma. 

Não faz tempo, escrevi que um blog de alguma forma se identifica com a alma de seu autor. Apresenta, ainda que em fragmentos, o que pensa, o que sente o autor de cada texto, de cada post. Nos últimos tempos, sinto que minha página pessoal perdeu isto. Ficou sem alma - se é que já teve em algum momento (rsrs). Na verdade, o Blog do Ronaldo acabou tendo de tudo um pouco, mas quase nada de mim. Talvez na tentativa de mantê-lo atualizado, de fazê-lo dialogar com meu trabalho jornalístico, acabei não escrevendo o que queria, reproduzindo textos e assuntos que não estavam de acordo com a proposta que tinha inicialmente para esta "casa" e, com isso, fui perdendo o prazer de mantê-lo na blogosfera. 

Há cerca de duas semanas venho tentando me reencontrar com o blog. Como sinto que o Blog do Ronaldo já não tem remédio, estou testando uma nova página. Primeiro, abri no Tumblr para experimentar. Gostei da proposta, mas, como já havia usado durante algum tempo o Posterous, resolvi manter simultaneamente dois endereços com o mesmo nome - Caríssimos. A ideia é divulgar apenas a URL do Posterous. Mas nada impede que se consulte, visite o outro blog. Além disso, quero continuar replicando os textos aqui

Está meio bagunçado? Sim, mas reflete de alguma forma a minha vida nos últimos meses. 

Então, para que vai servir o Blog do Ronaldo? Para continuar do jeito que está: tendo de tudo um pouco. O que fiz, escrevi, produzi... aparece aqui.

E o Caríssimos? Este terá apenas meus textos. Ainda que fique uma semana sem atualizações, terá apenas e unicamente a minha visão pessoal sobre a vida, a socieadade... enfim, sobre nosso jeito de ser e de viver. Pode ter política? Sim. Porém, será sempre num tom de conversa. Nada factual. Apenas o que penso a respeito daquele assunto naquele momento. Quanto ao nome, creio que quem me acompanha no Twitter já sabe por quê. O termo faz parte do meu dia a dia, repetidamente uso para tratar pessoas que gosto e respeito; foi incorporado no meu vocabulário há muitos anos e, de uma certa maneira, é uma homenagem a uma pessoa que me explicou o tom carinhoso da palavra no italiano e pela qual tenho profundo respeito e amizade. 

Será assim definitivamente? Não sei. Talvez amanhã fique insatisfeito de novo, pare tudo mais uma vez e refaça as páginas, mude endereços, servidores etc. Entretanto, é isso que quero fazer hoje. Como é o que estou sentindo, assim será. E espero contar com a companhia dos amigos e dos amigos dos amigos. 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Quando dormir é mais que uma necessidade; é uma atitude diante da vida

Acabo de ler a notícia: "Dormir mais faz perder mais gordura". Pesquisando assuntos para o nosso programa de saúde, trombei com o resultado desse estudo. Quem quer emagrecer deve dormir pelo menos sete horas por noite. 

Embora não esteja preocupado com a balança, já que o peso segue sob controle nos últimos 18 anos, sinto os efeitos das noites mal dormidas. Não se trata necessariamente de insônia, mas de um ritmo intenso de trabalho que limita em cinco horas o tempo que tenho para descansar. Aos poucos, o corpo parece se acostumar e deitar cedo, por exemplo, torna-se até um tormento, já que o sono não vem. 

Entretanto, não é difícil perceber que o pouco tempo dedicado ao descanso acaba resultando na alteração do humor - impossível não se sentir um pouco mais ansioso, estressado e até mais propenso a uma certa indisposição social (quando não se tem muita vontade de interagir, conversar com pessoas ou certos comportamentos te irritam com mais facilidade). 

Embora muitas vezes seja necessário assumir tal rotina como natural, sempre sinto que se questionar sobre o mal que fazemos a nós mesmos é o mínimo que nos resta diante de comportamentos que adotamos em nosso dia a dia. Afinal, quem sabe um dia... 


Um sorriso para simplificar a vida

Ganhei um sorriso bonito, sincero hoje pela manhã. Um sorriso de uma desconhecida. Um sorriso acidental, daqueles que são esboçados sem nenhuma pretensão. E foi porque quase a atropelei num desses cruzamentos do centro de Maringá. Ela estava desatenta... Buzinei para alertá-la. Ao invés de cara feia, xingamento, abriu um belo sorriso. 

Segui adiante um pouco mais leve... Tanto para ela quanto para mim, a manhã poderia ter começado com uma situação de estresse. Afinal, não é divertido para ninguém quase ser atropelado no início de um novo dia. Nem para um motorista dar de cara com um pedestre que aparece do nada diante de seu carro. Entretanto, um sorriso mudou tudo. 

Até chegar ao estúdio da CBN, pensava naquele sorriso... Pensava em quanto um sorriso pode fazer bem ao coração, pode acalmar a alma. Talvez a vida pudesse ser muito mais fácil se respondêssemos aos dissabores da vida com um sorriso no rosto. 

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Política: projeções, resultados e apostas no futuro de Maringá

Entrevistei hoje, na CBN, Mário Hossokawa, presidente da Câmara de Maringá. Falamos sobre o resultado das eleições. Afinal, Hossokawa acertou em cheio a previsão que havia feito para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal. Ele apostou que Maringá elegeria três deputados estaduais - dois seriam reeleitos; um, para primeiro mandato. Quanto à Câmara Federal, sustentou que seriam dois parlamentares. Urnas abertas, votos apurados e... Maringá reelegeu Enio Verri e Doutor Batista, elegeu Evandro Júnior. Estes, para a AL. Na Câmara Federal, Cida Borghetti e Edmar Arruda. 

Essa coisa de fazer projeções é sempre temerária. Mas, no caso de Hossokawa, foi curioso o fato de ter acertado inclusive os nomes dos eleitos - no caso dos estaduais. Claro, ele trouxe esses nomes para mim fora do ar. Estávamos em campanha eleitoral. E, na entrevista, não poderíamos citar nomes. O único erro, se é que podemos chamar de erro, foi a aposta na reeleição de Odílio Balbinotti. Edmar Arruda era uma possibilidade, não uma certeza. Mas o Pé Vermelho tem densidade eleitoral, uma grande base política nos municípios. Sua eleição era coisa certa. Não foi o que ocorreu. Balbinotti, em Maringá, obteve pouco mais de 12 mil votos. Muito pouco para quem tem domicílio eleitoral na cidade. Talvez resultado de uma pequena identificação do maringaense com seu deputado. 

Sobre o futuro, não há expectativa de que haja grandes mudanças. É verdade que encolheu a representatividade no Estado. Porém, por outro lado, o governador eleito teve o apoio do prefeito Silvio Barros. Isto deve garantir uma boa parceria com Beto Richa. No âmbito federal, Cida vai continuar o trabalho de Ricardo Barros. E Edmar tem tudo para se firmar como um grande parlamentar. É competente, inteligente e, só não fará a diferença no Congresso, se não assumir o seu papel de representante de nossa comunidade.  

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Muito trabalho... e ensino

Segunda-feira... O primeiro turno das eleições acabou, os resultados já são conhecidos. A festa da democracia brasileira encerrou mais um capítulo. Para nós, jornalistas, o assunto do dia ainda são as eleições. É hora de ouvir os eleitos, de avaliar algumas derrotas que surpreenderam. Quem passou o tempo todo de plantão, caso de todos nós aqui da CBN, sente os efeitos do trabalho exaustivo. O corpo reclama. Mas o sentimento é de missão cumprida. Foi prazeroso ancorar mais uma vez a programação da "rádio que toca notícias". Nem preciso falar de nossa equipe. Impressionante o envolvimento de todos. Quando termina, por mais que tenha me empenhado, sinto que não fiz metade do que fizeram nossos repórteres, produtores, comentarista, apoio, operadores técnicos, chefia de redação etc etc. Eles são demais. 

Esse domingo, porém, não foi especial apenas pelo trabalho realizado na CBN. Propus na semana passada uma atividade diferente para meus alunos. Deveriam fazer a cobertura das eleições pelo twitter e com reportagens, matérias no site do curso. Lembro que ficaram assustados. Eu via nos olhos deles, durante a aula de terça-feira, que havia muita expectativa, ansiedade e uma certa dose de temor. Mas deu tudo certo. 

O nosso site ganhou matérias interessantes. E ainda hoje foram publicadas outras. 

O twitter "bombou". Em todos os sentidos. O fluxo de informações, a constância das atualizações resultou em "over". Por volta das 19h, ninguém conseguiu postar absolutamente nada. Ficamos quase uma hora sem o serviço. Com a "volta" do twitter, retornaram as atualizações e, ao final do dia, mais de 450 tweets publicados entre as 8h e 22h20. Um número impressionante. E o melhor, com o envolvimento de duas turmas - do V e VI Semestres de Jornalismo da Faculdade Maringá -, além da colaboração de três acadêmicos do IV Semestre. 

Não foi uma cobertura profissional. Claro que não. Vários pequenos erros poderiam ser listados. Entretanto, não acredito que a moçada tenha uma outra oportunidade como essa de exercitar o Jornalismo durante o período acadêmico. Por isso, embora cansativo, o projeto resultou num procedimento pedagógico ousado, sujeito a falhas, mas que proporcionou grande aprendizado. 

No papel de educador, sinto-me honrado. Pelo resultado, pela repercussão, pelo aprendizado, pelo envolvimento e, principalmente, pela capacidade desses jovens nos surpreenderem. Educação para mim é um pouco isso: ousar sempre, aceitar o erro, persistir e acreditar que o ensino vale a pena. 

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Eleições 2010: que venha o domingo

Domingo é dia de eleição. Para nós jornalistas, dia de muito trabalho. Terei o prazer de, ao lado dos companheiros de CBN, fazer a cobertura desse evento tão importante. Será minha terceira eleição como âncora da emissora. Aqui já vivi esta emoção em 2006 e 2008. Nas duas ocasiões, o trabalho foi exaustivo, mas muito prazeroso. Conseguimos uma repercussão fantástica e foi empolgante participar de um momento tão significativo para a história do país. 

Desta vez, não tem Lula na corrida presidencial. E, no Paraná, fazer uma aposta no vencedor seria jogar na loteria. Os últimos números, de quinze dias atrás, mostravam Beto Richa na liderança das pesquisas. Hoje, com quase dez sondagens impugnadas, muita gente acredita que Osmar Dias é quem está na frente nas intenções de voto. Difícil saber. Também não para sustentar que Dilma Rousseff leva no primeiro turno. E nem que, se tiver segundo, a petista continuaria favorita. 

Da nossa região, quem serão os deputados eleitos? Quantos estaduais Maringá terá na Assembleia Legislativa? E federais? Serão dois, três? 

As respostas... no domingo. 

Meu amigo e ex-aluno, hoje jornalista formado, Murilo Battisti estará em Curitiba. Vai trazer todos os números em primeira mão para os ouvintes da CBN. Luciana Peña e Fábio Guillen estarão a postos desde cedo acompanhando todos os fatos que ocorrerem em Maringá. Ainda contaremos com o apoio de Amarildo Santos, da Maringá FM. 

Nossos produtores, Carina Bernardino e Diego Fernandes, certamente terão muito trabalho para manterem o site e o twitter atualizados, além de nos auxiliarem no estúdio. Por sinal, durante todo o dia, dividirei a mesa com um amigo muito especial. Gilson Aguiar fará análises, comentários e, quando necessário, vai intercalar a ancoragem comigo. 

O apoio técnico contará com pessoas que confio demais. Gente como Claudio Beltran, Elias dos Santos, Anderson Pompeu e Reinaldo Pinheiro. 

No comando de tudo, nossa coordenadora de jornalismo. Elci Nakamura já se antecipou a todas situações. Nessa sexta-feira, entregou o manual das eleições. Tem tudo que um repórter, um produtor, âncora etc etc precisarem. Trabalhar com a Elci é mais que um prazer. Ela transmite calma. É fácil não errar tendo alguém como ela ao nosso lado. 

Por fim, nosso diretor Alexandre Barros. Só quem vive o dia-a-dia da CBN sabe o que representa tê-lo como chefe. É o tipo de pessoa que incentiva, estimula e quer o melhor. É de um profissionalismo incrível. Quem está de fora não vê, mas ele talvez seja um dos poucos donos de um veículo de comunicação que raramente interferem no trabalho de seus jornalistas. Nesta eleição, não o vi entrar uma única vez na redação ou no estúdio para falar uma palavra sobre a forma como conduzimos a cobertura. Domingo, certamente não será diferente. 

São situações como esta que nos dão a calma e a garantia de que o trabalho que faremos tem tudo para ser digno do respeito de nosso público. E mais que isto, para fazer bem à alma de qualquer jornalista que preza pela verdade e responsabilidade na divulgação dos fatos.